Ainda tímido no Brasil, o mercado de madeira engenheirada vai aos poucos ganhando espaço nas edificações como opção ao concreto e aço em lajes, vigas, pilares, coberturas, paredes e treliças. A novidade oferece ganhos ambientais significativos, apresentando-se como uma das grandes soluções para reduzir a emissão de carbono.
De acordo com conteúdo divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) o mercado está em pleno crescimento em nível mundial, acompanhando o aumento da adesão à agenda ESG (Environmental, Social, and corporate Governance). Relatório da consultoria Market Research Future (MRFR) prevê uma movimentação de até US$ 3,6 bilhões até 2027. A Europa é o principal fabricante e o maior consumidor.
No Brasil, um projeto pioneiro do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP, em São Carlos, também tem a madeira como principal matéria-prima. O novo bloco didático do Instituto, que também contará com um novo anfiteatro, será um dos primeiros prédios públicos brasileiros com estrutura de madeira laminada colada – material no qual o IAU é referência. “Tentamos fazer uma arquitetura bastante compreensiva daquilo que já existe e também preservar espaços que consideramos muito importantes no IAU. A arquitetura tem que ser sensível a isso”, conta Catherine Otondo, arquiteta responsável pelo projeto.